(BR Press) - Como diria o meu amigo P.J. O’Rourke, vamos às nossas finas maneiras para gente grossa. É hora de repassarmos algumas dicas e episódios sobre a etiqueta moderna para festas e confraternizações de fim de ano.
É, meu caro, chegou dezembro, hora da farra na repartição, hora do amigo secreto, hora da tertúlia na empresa. Meninos e meninas, nos meus tantos anos de carteira assinada ou na clandestinidade trabalhista de hoje, já vi de tudo em festa de firma. É um capítulo à parte da nossa existência sob o domínio das 365 folhinhas do calendário. Tão importante quanto a Missa do Galo. Quase um dia das Mães sem as nossas mães, ainda bem, ufa.
Um dia dos namorados sem namorado(a)s por perto. A menos que vocês desrespeitem aquela verdade bíblica do pão e da carne – onde se ganha o primeiro, não se desfruta do segundo, amém.
Festa de firma. Tédio para uns, celebração dionisíaca para outros.
Fim de ano, aquela animação, aquele queijo coalhado no juízo, nervos à flor da pele, a vida assim meio Roberto Carlos, meio Almodóvar, meio Nelson Rodrigues, enfim, a vida simples, brega como ela é, a vida sem mistificação ou assepsia, a vida que não lava as mãos à toa.
Alguém querendo bater no chefe que o humilhou o ano inteiro, alguém querendo comer a gostosa do telemarketing, alguém querendo passar a mão na tua cesta de natal, principalmente no panetone.
O cenário certo, na graduação alcoólica certa, na boca-livre perfeita para um elemento cometer alguma desgraça ou crime de primeira página, seis colunas, manchete. Com direito a story-board.
Festa de firma. Todo cuidado é pouco, caros bebedores amadores, com a festa da firma. Sério.
A melhor cena que vi foi numa farra do jornal Notícias Populares, o glorioso e sanguinolento NP, de saudosa memória, que bateu as botas gutenberguianas como os presuntos que exibia em suas páginas. Imagine uma linda e desgostosa (com o marido canalha!) secretária.
Pensou?
Terceira caipirinha. De alguma fruta exótica. Mulher adora uma novidade. Música, maestro.
Toca uma faixa capaz de fazer de uma madre superiora uma Lady Gaga, uma Madonna, capaz de transfomar qualquer entrevado um Elvis, um Elvis em Acapulco cantando na beira da piscina do Hilton Palace.
Toca algo assim como aquele “chabadabadá” da trilha de Un Homme et Une Femme, filme das antigas, “Um Homem, uma Mulher”, de Claude Lelouch, grande película.
Quarta caipirinha.
O chão é pouco para os passos da pecadora.
Ela sobe numa mesa.
Antes, beijara na boca, sem discriminação de classe, do diretor ao boy. Eu, um reles cronista folhetinesco daquele diário, também locupletei-me, claro, mas meio tímido, juro.
Quinta caipirinha.
A blusa não resistiu ao primeiro gole. O sutiã foi parar na cabeça do tiozionho do arquivo.
Sexta caipirinha acompanhada de uma cerveja mexicana: foi-se quase tudo.
Belas saboneteiras, omoplatas geniais, observei.
Coube ao marido – a quem mais caberia? –, enquadrar a “vadia”, como ele berrava sem economizar nas exclamações! Chegou para apanhá-la e acabou testemunhando o que não queria.
A festa acabou.
E agora, José? Fica aí o alerta: não há inocentes em uma festa de firma. Numa festa de firma, o mais tímido e sonso dos mortais dubla Carmem Miranda e passa a mão na bunda do chefe, só pra quebrar a hierarquia pelo seu ponto mais, digamos assim, intocável.
É, meu caro, chegou dezembro, hora da farra na repartição, hora do amigo secreto, hora da tertúlia na empresa. Meninos e meninas, nos meus tantos anos de carteira assinada ou na clandestinidade trabalhista de hoje, já vi de tudo em festa de firma. É um capítulo à parte da nossa existência sob o domínio das 365 folhinhas do calendário. Tão importante quanto a Missa do Galo. Quase um dia das Mães sem as nossas mães, ainda bem, ufa.
Um dia dos namorados sem namorado(a)s por perto. A menos que vocês desrespeitem aquela verdade bíblica do pão e da carne – onde se ganha o primeiro, não se desfruta do segundo, amém.
Festa de firma. Tédio para uns, celebração dionisíaca para outros.
Fim de ano, aquela animação, aquele queijo coalhado no juízo, nervos à flor da pele, a vida assim meio Roberto Carlos, meio Almodóvar, meio Nelson Rodrigues, enfim, a vida simples, brega como ela é, a vida sem mistificação ou assepsia, a vida que não lava as mãos à toa.
Alguém querendo bater no chefe que o humilhou o ano inteiro, alguém querendo comer a gostosa do telemarketing, alguém querendo passar a mão na tua cesta de natal, principalmente no panetone.
O cenário certo, na graduação alcoólica certa, na boca-livre perfeita para um elemento cometer alguma desgraça ou crime de primeira página, seis colunas, manchete. Com direito a story-board.
Festa de firma. Todo cuidado é pouco, caros bebedores amadores, com a festa da firma. Sério.
A melhor cena que vi foi numa farra do jornal Notícias Populares, o glorioso e sanguinolento NP, de saudosa memória, que bateu as botas gutenberguianas como os presuntos que exibia em suas páginas. Imagine uma linda e desgostosa (com o marido canalha!) secretária.
Pensou?
Terceira caipirinha. De alguma fruta exótica. Mulher adora uma novidade. Música, maestro.
Toca uma faixa capaz de fazer de uma madre superiora uma Lady Gaga, uma Madonna, capaz de transfomar qualquer entrevado um Elvis, um Elvis em Acapulco cantando na beira da piscina do Hilton Palace.
Toca algo assim como aquele “chabadabadá” da trilha de Un Homme et Une Femme, filme das antigas, “Um Homem, uma Mulher”, de Claude Lelouch, grande película.
Quarta caipirinha.
O chão é pouco para os passos da pecadora.
Ela sobe numa mesa.
Antes, beijara na boca, sem discriminação de classe, do diretor ao boy. Eu, um reles cronista folhetinesco daquele diário, também locupletei-me, claro, mas meio tímido, juro.
Quinta caipirinha.
A blusa não resistiu ao primeiro gole. O sutiã foi parar na cabeça do tiozionho do arquivo.
Sexta caipirinha acompanhada de uma cerveja mexicana: foi-se quase tudo.
Belas saboneteiras, omoplatas geniais, observei.
Coube ao marido – a quem mais caberia? –, enquadrar a “vadia”, como ele berrava sem economizar nas exclamações! Chegou para apanhá-la e acabou testemunhando o que não queria.
A festa acabou.
E agora, José? Fica aí o alerta: não há inocentes em uma festa de firma. Numa festa de firma, o mais tímido e sonso dos mortais dubla Carmem Miranda e passa a mão na bunda do chefe, só pra quebrar a hierarquia pelo seu ponto mais, digamos assim, intocável.
& MODINHAS DE FÊMEA
Quando uma mulher começa a bancar a mística, consultar tarô toda hora, falar sobre o retorno de saturno ou mercúrio retrógrado, etc, todo cuidado é pouco.
Ela está apenas começando um processo de um lindo pé na bunda do amigo. Fica esperto, malandro!
Fonte: http://www.brpress.net/
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