A prosa nada cabulosa da nossa távola redonda salta de mesa em mesa, entre cavalheiros e damas, naquela madruga na taberna:
“Pois saibam todos vocês, a teoria da moça ao lado está mais certa que boca de padre e mais justa do que boca de bode”, emenda Ailton, o garçom pernambucano, de prima, sem deixar a peteca fazer gracinha pelos ares.
“Antes mesmo um bom canalha, com pegada, do que um macho frouxo e vacilão”, exalta Carol, amplifica Maíra, declama Guta, acentua Luciana, amacia Beth e Clarice gagareja com sua caipirinha de frutas vermelhas.
Era a tese da hora, porque bebedeira só é boa mesmo com uma tese de costumes para a gente beliscar noite adentro.
Sem deixar um farelo de dúvidas sobre a mesa de acepipes, bar Filial, madrugada de São Paulo, as meninas, agora em coro, decretam:
“Paz na terra aos canalhas de boa vontade, eles merecem nosso crédito!”
No que o Coppola, o amigo calabrês sempre vestido de nuvens azuis em corte de camiseta pólo, manda o seu mr. Sinatra antes que os sabiás das quatro da matina se manifestem:
“Fly me to the moonLet me sing among those stars…”, canta, como sempre, depois do décimo chope.
As gazelas vão à lua e retornam divas mais radicais ainda para a saideira clássica sob a paisagem de cadeiras levantadas e água com sabão nos pés.
“Antes um bom canalha de ressaca do que um saudável bom moço perfumado com a boca sempre cheirando a antisséptico”, Guta vai mais longe ainda.
A tese ganha versões, puxadinhos semânticos, penduricalhos, novas frases refeitas:
“Mais vale um cafa na mão do que dois playboys vacilões”.
“Nesses tempos de homens frouxos, quando não se pede mais ninguém em namoro, a canalhice é o nosso parque de diversões”, Lu ataca novamente.
A tese se torna tão valiosa, uma obra aberta, que alguém anota em guadanapos, como se fosse a ata da bebedeira. Fica como “pindura” para a próxima farra.
“Mais vale um Paulo César Peréio na mão do que dois Tony Ramos com depilação definitiva”, manda uma ex-feia que acaba de se consagrar musa-mor da madruga.
Àquela altura não há mais ninguém feio no mundo. Nem mesmo um mal-diagramado pela natureza como este cronista, que aprendeu, com o seu ídolo Sérge Gainsbourg, que a beleza é passageira e a feiura é para sempre. Eis o nosso mantra eterno, amém.
“Pois saibam todos vocês, a teoria da moça ao lado está mais certa que boca de padre e mais justa do que boca de bode”, emenda Ailton, o garçom pernambucano, de prima, sem deixar a peteca fazer gracinha pelos ares.
“Antes mesmo um bom canalha, com pegada, do que um macho frouxo e vacilão”, exalta Carol, amplifica Maíra, declama Guta, acentua Luciana, amacia Beth e Clarice gagareja com sua caipirinha de frutas vermelhas.
Era a tese da hora, porque bebedeira só é boa mesmo com uma tese de costumes para a gente beliscar noite adentro.
Sem deixar um farelo de dúvidas sobre a mesa de acepipes, bar Filial, madrugada de São Paulo, as meninas, agora em coro, decretam:
“Paz na terra aos canalhas de boa vontade, eles merecem nosso crédito!”
No que o Coppola, o amigo calabrês sempre vestido de nuvens azuis em corte de camiseta pólo, manda o seu mr. Sinatra antes que os sabiás das quatro da matina se manifestem:
“Fly me to the moonLet me sing among those stars…”, canta, como sempre, depois do décimo chope.
As gazelas vão à lua e retornam divas mais radicais ainda para a saideira clássica sob a paisagem de cadeiras levantadas e água com sabão nos pés.
“Antes um bom canalha de ressaca do que um saudável bom moço perfumado com a boca sempre cheirando a antisséptico”, Guta vai mais longe ainda.
A tese ganha versões, puxadinhos semânticos, penduricalhos, novas frases refeitas:
“Mais vale um cafa na mão do que dois playboys vacilões”.
“Nesses tempos de homens frouxos, quando não se pede mais ninguém em namoro, a canalhice é o nosso parque de diversões”, Lu ataca novamente.
A tese se torna tão valiosa, uma obra aberta, que alguém anota em guadanapos, como se fosse a ata da bebedeira. Fica como “pindura” para a próxima farra.
“Mais vale um Paulo César Peréio na mão do que dois Tony Ramos com depilação definitiva”, manda uma ex-feia que acaba de se consagrar musa-mor da madruga.
Àquela altura não há mais ninguém feio no mundo. Nem mesmo um mal-diagramado pela natureza como este cronista, que aprendeu, com o seu ídolo Sérge Gainsbourg, que a beleza é passageira e a feiura é para sempre. Eis o nosso mantra eterno, amém.
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