Estudantes do Ensino Médio não sabem ler
FALTA prioridade: estudantes da Escola de Ensino Fundamental e Médio Clóvis Beviláqua estão sem aula, porque o prédio está em reforma.
FALTA prioridade: estudantes da Escola de Ensino Fundamental e Médio Clóvis Beviláqua estão sem aula, porque o prédio está em reforma.
Governo premiará as escolas que atingirem as metas anuais de evolução da aprendizagem do Ensino MédioA educação no Ceará é preocupante. De acordo com dados do Sistema Permanente de Avaliação de Educação Básica do Ceará (Spaece) 2008, 80% dos estudantes do Ensino Médio que se submeteram à avaliação tiveram rendimento crítico ou muito crítico. Na avaliação de Matemática os números são alarmantes, uma vez que 85% dos estudantes não têm domínio sobre as quatro operações matemáticas e somente 2,5% atingiram o nível desejado.
Em relação a Língua Portuguesa, 80% dos alunos de Ensino Médio das escolas públicas do Estado só lêem frases curtas na ordem direta e não sabem desenvolver textos simples. Apenas 2,8 % atingiram o nível desejado na avaliação.
O Diário do Nordeste denunciou, com exclusividade, nas edições de segunda (13) e terça-feira (14) que a educação e saúde são as áreas que mais enfrentam problemas em Fortaleza.Para a secretária da Educação Básica, Izolda Cela, o baixo índice de eficiência dos estudantes, está relacionado com a falta de base escolar, ou seja os alunos chegam ao Ensino Médio com a aprendizagem defasada.Ela associa o baixo desempenho da aprendizagem com a necessidade do jovem entrar no mercado de trabalho precocemente e o crescente número de adolescentes que se envolvem com droga e marginalidade. "Todos esses aspectos em conjunto terminam impactando na escola. Precisamos qualificar nossos professores, e expandir o número de escolas no Estado".
O Diário do Nordeste denunciou, com exclusividade, nas edições de segunda (13) e terça-feira (14) que a educação e saúde são as áreas que mais enfrentam problemas em Fortaleza.Para a secretária da Educação Básica, Izolda Cela, o baixo índice de eficiência dos estudantes, está relacionado com a falta de base escolar, ou seja os alunos chegam ao Ensino Médio com a aprendizagem defasada.Ela associa o baixo desempenho da aprendizagem com a necessidade do jovem entrar no mercado de trabalho precocemente e o crescente número de adolescentes que se envolvem com droga e marginalidade. "Todos esses aspectos em conjunto terminam impactando na escola. Precisamos qualificar nossos professores, e expandir o número de escolas no Estado".
Ainda segundo a secretária, 49 novas escolas de Ensino Médio estão sendo construídas no Ceará, principalmente nas zonas rurais, onde o problema da evasão é maior. "O índice de abandono no Estado é de 19%. Nas zonas rurais, temos o agravante do sistema de transporte ruim, por isso precisamos de mais escolas", destaca.
Plano de Metas
Na tentativa de uma solução para a situação, diretores escolares apresentaram Plano de Metas, que servirá como base para acompanhamento da escolas públicas. "Com o "Plamentas" iremos acompanhar a evolução das matriculas do Ensino Médio, a redução do abandono e os indicadores de aprendizagem", ressalta Izolda Cela.Para Plácido José de Sousa, diretor do Liceu de Maracanaú, todos os gestores recebem um diagnóstico mostrando os índice de aprendizagem de sua escola, do Estado e do País, ele ressalta a importância do Plano de Metas. "Se todos os gestores conseguirem atingir os objetivos do Plano de Metas, a educação no Ceará melhoraria em um curto espaço de tempo", observa.
Projeto de lei
Durante a cerimônia de posse dos novos diretores de escolas públicas estaduais, na última segunda-feira, o governador Cid Gomes assinou dois projetos de lei a serem encaminhados à Assembleia Legislativa. Uma das matérias institui o prêmio "Aprender para Valer", que consiste na premiação do quadro funcional de todas as escolas que atingirem as metas anuais da evolução da aprendizagem do ensino médio.
A meta de evolução mínima é de 10% sobre a média de proficiência do Spaece 2008, tanto em Língua Portuguesa como Matemática. Além da meta de evolução, a escola terá que ter uma média de participação de 80% dos alunos na avaliação do Spaece. A premiação será um mês a mais de remuneração de acordo com o vencimento de cada funcionário das escolas.O outro projeto institui a premiação para alunos do Ensino Médio, com melhor desempenho acadêmico, nas escolas de rede pública de ensino do Estado. Cada aluno que atingir as medias de proficiência adequadas em Língua Portuguesa e Matemática do Spaece, receberá um microcomputador.
Para Cid Gomes as dificuldades educacionais não devem ser vista como um quadro de desanimo e sim como um desafio para diretores e estudantes.
KARLA CAMILA
Atenção:
Quem quiser compreender melhor o sistema de avaliação e ver detalhes da sua região e instituição deve ir até o site da seduc. Lá, clica: Avaliação educacional. A seguir, Indicadores Educacionais por município.
Cá comigo...
Só 'Deus e o povo da rua', como se diz popularmente, sabem que toda essa admiração (!?) é fita, muita fita. É um tal de comprar computador, construir salas, ampliar escolas, fazer concurso. Tudo que envolve $$$. Comprar é ótimo para quem vende e para quem compra mas nem sempre para quem paga. No caso, nós.
O salário é baixo, concordo plenamente.
Mas tem uma coisa que todo mundo faz de conta que não vê: a qualificação do professorado também tem uma íntima relação com os dados que estão aí. Talvez seja o ponto politicamente mais complicado para se encarar mas é preciso pensar na reciclagem sistemática dos professores. Eles precisam, a escola precisa, os alunos precisam, o futuro agradece.
Esquece um pouco essas faculdades de fim de semana que ficam distribuindo diploma em salas improvisadas para discentes com urgência de título para melhorar salário.
É hora de pensar com seriedade e esta reflexão demanda a presença firme da comunidade. De nada adiantam os planos e programas de governo se você não estiver perto da escola do seu filho. Ajudando, fiscalizando, discutindo, buscando alternativas.
A escola precisa ser vista como centro de construção do conhecimento. O desafio não dá trégua. É preciso competência e coragem.
Professor tem que caminhar junto com o tempo e com os alunos. Se estacionar, o prejuízo compromete várias gerações.
O futuro é hoje.
Acorda, Alagoinha!
ML
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