sábado, 19 de fevereiro de 2011

RONALDO O “FENÔMENO” (Thallysson Josué)


RONALDO O “FENÔMENO”
E olha que eu sou sãopaulino

Ronaldo Nazário de Lima é um dos maiores atacantes da história do Futebol. Nascido no Rio de Janeiro o “fenômeno”, como é chamado, disputou 4 Copas do Mundo (1994, 1998, 2002, 2006), a primeira delas com apenas 17 anos de idade. Sagrou-se o maior artilheiro das Copas com 15 gols e campeão mundial em 2 oportunidades: 1994 e 2002, sendo escolhido como melhor jogador do mundo por 2 vezes consecutivas (1996 e 1997), e a terceira em 2002. É mundialmente conhecido pela recuperação de 2 graves lesões que teve em sua carreira, ficando praticamente 2 anos inativo no futebol. Nesta fase Ronaldo se firma como ídolo do planeta intensificando atividades voltadas à caridade em parceria com a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

Da Infância à chegada no futebol europeu.

Nascido no bairro de Bento Ribeiro na cidade do Rio de Janeiro, o flamenguista Ronaldo abdicou do desejo de jogar pelo time de coração por causa da distância entre sua casa e a sede do clube. Aventurou-se então pelo modesto São Cristóvão, e de lá foi levado ao Cruzeiro. No time mineiro fez história, e apesar do pouco tempo a torcida cruzeirense tem boas lembranças do fenômeno, como os 5 gols que o menino fez no Bahia pelo Campeonato brasileiro de 1993. As boas atuações abriram as portas da Europa a Ronaldo e em 1994 ele assinou com o PSV da Holanda, efoi convocado para sua primeira Copa a Copa dos EUA.

A consagração.

No time de Eindhoven Ronaldo marcou 66 gols em 71 jogos e venceu títulos como a Copa da Holanda. Em 1996 ele rumou ao Barcelona e viveu talvez sua melhor temporada, balançando as redes em 34 oportunidades nas 37 vezes em que esteve em campo, conquistou a Copa do Rei, a Supercopa da Espanha e a Re-Copa da Europa. Lá Ronaldo iniciou a comemoração do aviãozinho que seria marca registrada em seus gols e foi contemplado como melhor jogador do mundo pela primeira vez. Em 1997 ele ganhou o apelido de “fenômeno” atuando nos gramados da Itália pela Internazionale de Milão. Ao final daquele ano Ronaldo acumulava gols, grandes jogadas e prestígio internacional. Atributos que se somaram e culminaram com o segundo título de melhor jogador do planeta e a bola de ouro da revista France Football.O ano seguinte era ano de Copa e o mundo direcionava os olhares ao “fenômeno”.

MOMENTOS DIFÍCEIS

O ano de 1998 chegou com muita expectativa para a torcida brasileira, tínhamos o maior jogador do mundo e era ano de Copa. A imprensa internacional curvava-se à genialidade de Ronaldo e à força da seleção. Entretanto testemunhamos o início daquela que seria a pior fase na carreira no fenômeno. Apesar dos 4 gols que marcou e da decisiva atuação na semifinal contra Holanda Ronaldo não fez uma boa Copa. E devido a problemas que até hoje não se sabe realmente quais, o melhor do mundo jogou desnorteado, e a final teve um protagonista o francês Zidane. Ele marcou 2 gols e o Brasil perdeu a chance do penta. Os anos difíceis para o artilheiro apenas começavam, foi o principal alvo da imprensa após o fracasso e tempos mais tarde em veio a primeira contusão no joelho, em novembro de 1999 jogando contra o Lecce. A recuperação durou cerca de 5 meses e deveria ter durado mais, já que apenas 7 minutos após entrar em campo contra a Lázio pela Copa da Itália em sua volta Ronaldo teve outra contusão mais séria que a primeira e a previsão de regresso agora, era de 1 ano e 5 meses. Para grande parte da Imprensa mundial e dos especialistas o fenômeno havia acabado. Nesse período Ronaldo se engajou na participação em ações humanitárias e tornou-se embaixador da Unicef. Foi também nesse período que o “fenômeno” casou com Milene Domingues com quem teve seu primeiro filho, Ronald.

A RECUPERAÇÃO

A volta do jogador brasileiro foi em um amistoso entre a Internazionale e um time africano, Ronaldo marcou um gol e encheu a torcida brasileira de esperança. Com a confiança do técnico Luiz Felipe Scolari e a desconfiança da grande maioria ele foi convocado para defender a seleção na Copa de 2002. O time evoluía a cada jogo, assim como Ronaldo que além do título sagrou-se artilheiro daquela Copa com 8 tentos. Ao final da temporada foi escolhido melhor jogador do mundo pela terceira vez.. Após o torneio devido a alguns desentendimentos com o técnico Héctor Cuper o brasileiro voltou a Espanha, agora para defender o Real Madrid, clube pelo qual Ronaldo foi campeão espanhol e mundial, marcando 98 gols até sua saída para o Milan.

DA ITÁLIA AO BRASIL

No Milan o brasileiro passou novamente pelo pesadelo da contusão no joelho, e apesar de boas apresentações ao lado de Kaká e Pato, em 2009 voltou ao Brasil para defender o Corinthians e não o flamengo como todos esperavam. No “timão” Ronaldo estreou marcando o gol de empate no clássico contra o rival Palmeiras. E mais, o “fenômeno” seria campeão paulista e da Copa do Brasil caindo de vez nas graças do torcida corintiana. Em 2010 ano do centenário corintiano os títulos não vieram, e em 2011 após uma participação frustrada na Libertadores, Ronaldo decidiu retirar-se dos campos. Pena para o futebol que fica órfão de um de seus maiores representantes. E como o próprio Ronaldo afirmou: “Foi lindo pra caramba”. Apesar de seu envolvimento em algumas confusões, principalmente no que diz respeito à sua vida pessoal Ronaldo nunca deixará de ser visto pelo torcedor brasileiro e mundial como “fenômeno”.

Thallysson Josué

Um comentário:

Erivando Nunes disse...

Dizem que depois de um belo discurso, de um belo orador, o que tem que se fazer é dar por encerrado uma cerimônia, mas nesse caso, resta apenas parabenizar o escritor, pelas grandes palavras citadas neste magnífico texto sobre o Fenômeno, Parabéns Thallyson!