Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (17) pelo Ministério da Saúde traça um retrato preocupante da incidência do HIV no público homossexual masculino. Entre homens gays com mais de 18 anos, ouvidos em dez grandes cidades do País, 10,5% têm o vírus. Os dados mostram que as chances de transmissão são maiores nesse segmento, embora, para o governo, não seja possível falar em grupo de risco, pois há contaminação em todas as faixas da população.
“O Brasil, claramente, tem um aumento gradual do HIV em heterossexuais. Mas ainda há um perigo maior entre os gays”, constata a diretora do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais do ministério, Mariângela Simão.
Embora o recorte estatístico seja distinto, dados coletados pelo governo evidenciam a concentração da epidemia. A estimativa é de que, no geral, 0,8% dos homens de 15 a 49 anos estejam infectados no País. Um homossexual tem 11 vezes mais chances de se tornar soropositivo e 18 vezes mais de desenvolver aids que um heterossexual.
No estudo, foram ouvidos 3.610 homens em Manaus, Recife, Salvador, Curitiba, Itajaí (SC), Santos, Belo Horizonte, Campo Grande, Rio e Brasília. Além dos que se assumem homossexuais, houve entrevistas ainda com bissexuais e garotos de programa, classificados como HSH (homens que fazem sexo com outros homens).
Os dados mostram que os gays têm maiores escolaridade e renda, percebem mais os riscos de infecção, acessam mais os serviços de saúde e fazem mais testes de HIV. Embora usem camisinha na mesma proporção que os heterossexuais, os gays têm mais relações casuais (a média é de 9,8 parceiros por ano), o que ajuda a explicar o percentual de infectados.
Questionados, 79% responderam ter mantido relação sexual casualmente nos 12 meses anteriores à pesquisa, contra 34% dos homens em geral, entrevistados em levantamento feito em 2008 pelo ministério. Nos dois casos, só a metade se protegeu em todas as relações sexuais do período. Entre os gays, a prática de se prevenir aumenta com a idade, o que, segundo o ministério, tem a ver com aspectos comportamentais.
“O jovem se sente mais protegido pela juventude. Outra questão é que não viu a face da morte ligada à aids”, comenta Mariângela.
Os gays de 18 e 24 anos, conforme a pesquisa, usam menos preservativos nas relações casuais que os hétero da mesma faixa etária: 54,3%, ante 57%. Nas relações com parceiros fixos, o retrato é o mesmo: 29,3%, contra 34,6%, respectivamente.
Fonte: http://jc.uol.com.br/canal/cotidiano/saude/noticia/2010/06/18/
“O Brasil, claramente, tem um aumento gradual do HIV em heterossexuais. Mas ainda há um perigo maior entre os gays”, constata a diretora do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais do ministério, Mariângela Simão.
Embora o recorte estatístico seja distinto, dados coletados pelo governo evidenciam a concentração da epidemia. A estimativa é de que, no geral, 0,8% dos homens de 15 a 49 anos estejam infectados no País. Um homossexual tem 11 vezes mais chances de se tornar soropositivo e 18 vezes mais de desenvolver aids que um heterossexual.
No estudo, foram ouvidos 3.610 homens em Manaus, Recife, Salvador, Curitiba, Itajaí (SC), Santos, Belo Horizonte, Campo Grande, Rio e Brasília. Além dos que se assumem homossexuais, houve entrevistas ainda com bissexuais e garotos de programa, classificados como HSH (homens que fazem sexo com outros homens).
Os dados mostram que os gays têm maiores escolaridade e renda, percebem mais os riscos de infecção, acessam mais os serviços de saúde e fazem mais testes de HIV. Embora usem camisinha na mesma proporção que os heterossexuais, os gays têm mais relações casuais (a média é de 9,8 parceiros por ano), o que ajuda a explicar o percentual de infectados.
Questionados, 79% responderam ter mantido relação sexual casualmente nos 12 meses anteriores à pesquisa, contra 34% dos homens em geral, entrevistados em levantamento feito em 2008 pelo ministério. Nos dois casos, só a metade se protegeu em todas as relações sexuais do período. Entre os gays, a prática de se prevenir aumenta com a idade, o que, segundo o ministério, tem a ver com aspectos comportamentais.
“O jovem se sente mais protegido pela juventude. Outra questão é que não viu a face da morte ligada à aids”, comenta Mariângela.
Os gays de 18 e 24 anos, conforme a pesquisa, usam menos preservativos nas relações casuais que os hétero da mesma faixa etária: 54,3%, ante 57%. Nas relações com parceiros fixos, o retrato é o mesmo: 29,3%, contra 34,6%, respectivamente.
Fonte: http://jc.uol.com.br/canal/cotidiano/saude/noticia/2010/06/18/
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