A volta das sombrinhas de época
O acessório é uma alternativa estilosa para proteger a pele do sol. Veja alguns modelos vintage lindíssimos que separamos para você
Maria Beatriz Gonçalves
Os acessórios sempre fizeram parte da indumentária feminina, seja expressando um valor cultural simbólico, denotando status social ou como mero adorno do visual. Outra máxima do mundo do vestuário é a apropriação de criações do passado na tentativa de obter uma nova referência. Recentemente, um hábito tradicional no Japão voltou a ser moda nas ruas com uma roupagem ocidental: o uso das sombrinhas de época.
O guarda-sol, que caiu em desuso no século 20, surgiu antes mesmo do guarda-chuva, sendo usado pelos Assírios e gregos na Antiguidade. Depois, caiu no gosto da nobreza européia do século 18, feito com cabos decorativos e armação com barbatana que fixava a cobertura feita de tecidos orgânicos e de renda, quando enfim virou um acessório de moda essencial dos trajes ostensivos da época - importantíssimo para as mulheres da corte que queriam manter o visual pálido que era sinônimo de beleza.
É o século 21 resgatando o século 18, 19 e tudo o que houver de referências de todos os tempos, como já aconteceu com o véu, que vive um momento de retomada nos dias de hoje, e o espartilho, que com alguma relutância foi abandonado de vez pelas mulheres depois da primeira guerra mundial para voltar à cena hoje no corpo de moças que buscam um look vintage com apelo sexy.
Hoje, no Japão, muito além das sombrinhas feitas de fibra de arroz usadas há séculos pelas orientais, as adolescentes moderninhas circulam pelas ruas de Tóquio influenciadas pela diversidade do ocidente. Mais que isso, muitas se espelham em referências de um passado longínquo e optam por aderir, por exemplo, ao visual luxuoso das cortesãs européias, transformando-se numa espécie de lolita-gótica-vitoriana para expressar sua individualidade.
Por isso o estilista canadense John Di Cesare encontrou um público fiel no país, disposto a pagar caro por suas belíssimas sombrinhas vintage em formato de concha, as tais “parashell”. Mas será que esta moda pega no Brasil?
Fonte: http://revistacriativa.globo.com/Revista/Criativa/
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