domingo, 25 de outubro de 2009

Parabéns Icó


Saiba mais da história de Icó
167 anos de emancipação e mais de 300 de história

Uma vila em crescimento que se tornou cidade nos idos de 1842. Assim começa a história de Emancipação Política de Icó, que completa neste domingo (25) seus 267 anos de aniversário.
Neste mesmo dia, curiosamente, a cidade de Aracati também completa os mesmos anos de emancipação.
Mesmo antes da emancipação, Icó já tinha muita história para contar. Saiba mais da história icoense resumido em texto informativo. Uma boa leitura !
ETIMOLOGIA - A palavra "Icó" advém da língua tapuia, onde "i" ("água") + "kó" ("roça"), tornando "água ou rio da roça". Este nome também deriva de uma das tribos que habitavam às margens do rio Salgado, denominada "Ikó", desde o Salgado até oRio do peixe (hoje Sousa-PB). Outra possibilidade para esta utilização vem de uma planta que poderia ter existido na região, o Icozeiro, uma planta da família das caparidáceas (Capparis yco), cujo fruto é o Icó.
HISTÓRIA - A colonização de Icó data do final do século XVII e início do século XVIII. Os primeiros colonizadores da cidade eram conhecidos como "os homens do (Rio) São Francisco", que faziam parte de uma das frentes de ocupação do território cearense, a do Sertão-de-dentro, dominada pelos baianos, que serviu para tentar ocupar todo o interior cearense.
No início do século XVIII, as tribos indígenas que habitavam a região se opuseram tenazmente ao elemento colonizador. Entre as serras do Pereiro e os vastos sertões do Cedro, Bartolomeu Nabo de Correia e mais 40 homens que faziam parte da entrada chegaram em 1683 e deram início à povoação conhecida como Arraial Novo dos Icós, a sua primeira fase.
Esta povoação foi erguida através de ordem do o capitão-mor do Siará (Ceará), Gabriel da Silva Lago. Logo após, a mesma povoação foi elevada a vila em 1738, a terceira do Ceará, logo após Aquiraz e Fortaleza. Em 1842 obteve a categoria de cidade.
LUTAS - Após lutas sangrentas entre sesmeiros, colonizadores e indígenas, dentre as quais vale destacar a Guerra dos Bárbaros, o Padre João de Matos Serra, prefeito das Missões, obteve pacificação.
O povoamento e o desenvolvimento da região muito ficaram devendo às famílias Monte e Feitosa, que desfrutavam então de grande prestígio e dominavam vastas áreas do território. A capela de Nossa Senhora do Ó, padroeira do povoado, foi erguida por Francisco Monte, em meados do século XVIII.Icó apresentou-se durante a época áurea um dos três centros comerciais e de serviços do Ceará, juntamente com Sobral e Aracati, possuindo uma localização estratégica na rota das boiadas e comércio da carne salgada, do centro-sul do estado, inclusive da Paraíba.
Patrimônio histórico - Icó é destaque nacional, possuindo um sítio histórico de destaque oriundo das charqueadura que fizeram desta cidade entreposto entre a capital e o interior do Nordeste
Teatro da Ribeira dos Icós: Dentre o seu acervo arquitetônico de destaque possui o mais antigo teatro do estado do Ceará, o Teatro da Ribeira dos Icós, datado de 1860, construído sessenta anos antes do afamado teatro José de Alencar pelo arquiteto Henrique Théberge, filho do médico e historiador que financiou esta obra neoclássica, Pedro Thebérge, contendo dois pavimentos, onde o interior térreo compõe-se de três galerias, além de camarotes superiores no primeiro andar.
Casa de Câmara e Cadeia: A cidade contava com uma das mais seguras cadeias de sua época, hoje desativada, a Casa de Câmara e Cadeia, onde segundo contam que o então governador João de Tefé, propôs a El-Rei que fossem cobrados impostos de meio tostão por cada cabeça de gado que fosse abatido para Bahia e Rio de Janeiro, para com esses impostos serem construídos a Cadeia e Casa da Câmara em três vilas, inclusive a de Icó.
Em 20 de abril de 1882, foi baixado um decreto criando a capela no interior da penitenciária, que guarda em seu interior a imagem de São Domingos (protetor dos presidiários). O prédio possui dois pavimentos, um com andar superior e outro o térreo, onde funciona a Cadeia Pública.
A espessura é de um metro e meio. Os portões são verdadeiras fortalezas, possuem chave única de aproximadamente meio quilo. As celas possuem um dos mais perfeitos esquemas de segurança do estado. Atualmente está inativa e passará pelas últimas reformas de restauração.
Igreja de Nossa Senhora da Expectação (Do Ó): Destaque para um dos componentes da formação do povoado e da disputa interna entre os Monte e os Feitosa; essa bela igreja histórica destaca-se pelos belos efeitos decorativos, donde se têm uma visão panorâmica da cidade pelo adro, cujo estilo quase com certeza é português pelo barroco das artes lusitanas; ao lado da igreja encontra-se o cemitério centenário.

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