A roda da vida
Autora: Silvani Barbosa Ribeiro Teixeira
Ed. Gráfica Real
Santa Maria da Vitória – BA
2010
250p.
Autora: Silvani Barbosa Ribeiro Teixeira
Ed. Gráfica Real
Santa Maria da Vitória – BA
2010
250p.
Janeiro em Ipaumirim é o tempo dos reencontros, das festas, da fé e também da literatura que conta a memória da terra. Na roda da vida Silvani homenageia seu pai, Antonio Ribeiro Cizalpino, nascido em 10 de julho de 1916, no Sítio Serrote, Vila de Alagoinha, atual Ipaumirim. O livro conta a trajetória de Seu Antonio, a sua luta, os desafios, e evidencia a capacidade de superação do homem a partir da fé e da coragem.
A vida do menino sertanejo com sua rotina das lutas com a terra e o gado, a incerteza do clima, as brincadeiras, a harmonia plena com a natureza, o banho de açude, as travessuras infantis que fizeram a sua infância reconstitui a primeira metade do século XX num pequeno ponto do sertão do Ceará.
Depois, a juventude com novas responsabilidades. Seu Antonio começa a sua independência adquirindo uma bicicleta para alugar. Com os lucros da primeira, comprou a segunda e assim sucessivamente. Entre as bicicletas e as roças, viveu sua juventude. Depois, a luta continuou no caminhão. Depois a serraria. Assim foi tecendo a vida.
Casou a primeira vez e ficou viúvo com filhos pequenos. Outra vez casou e mais filhos foram gerados formando uma família numerosa, educada com esforço e muita coragem.
Lúcido, bem humorado e com muita disposição seu Antonio segue a sua caminhada. Ainda tem uma prosa boa e uma memória viva.
Ao contar a sua vida, o livro conta um pouco da vida de todos nós, lembra brincadeiras de infância, episódios da pequena cidade, pessoas, o cotidiano de um tempo cujas fontes orais já são bem poucas.
É preciso recuperar a nossa memória além dos dados oficiais. O blog tem incentivado e recebido algumas respostas. Poucas, muito poucas, mas, como este livro, vai ajudando a compor o perfil da nossa trajetória. Quando levantamos as famílias do município e publicamos alguns textos, mesmo que ainda falte muita informação, já tivemos noção do entrelaçamento dos troncos familiares, uma idéia do fenômeno da migração, a economia da região, a alteração do perfil das lideranças, hábitos, gastronomia, relações sociais, entre outros aspectos, que são importantes resgatar. Se cada um escrevesse sobre sua família já seria uma grande colaboração.
O livro de Silvani incorpora-se a este conjunto de documentos que não podem deixar de ser lidos para compreender as nossas heranças culturais, os contextos onde viveram os nossos familiares e do qual ainda compartilhamos as contradições, os desencantos, as expectativas.
A roda da vida é um livro singelo, de leitura fácil, indispensável aos interessados em trabalhar com a memória do homem sertanejo.
A vida do menino sertanejo com sua rotina das lutas com a terra e o gado, a incerteza do clima, as brincadeiras, a harmonia plena com a natureza, o banho de açude, as travessuras infantis que fizeram a sua infância reconstitui a primeira metade do século XX num pequeno ponto do sertão do Ceará.
Depois, a juventude com novas responsabilidades. Seu Antonio começa a sua independência adquirindo uma bicicleta para alugar. Com os lucros da primeira, comprou a segunda e assim sucessivamente. Entre as bicicletas e as roças, viveu sua juventude. Depois, a luta continuou no caminhão. Depois a serraria. Assim foi tecendo a vida.
Casou a primeira vez e ficou viúvo com filhos pequenos. Outra vez casou e mais filhos foram gerados formando uma família numerosa, educada com esforço e muita coragem.
Lúcido, bem humorado e com muita disposição seu Antonio segue a sua caminhada. Ainda tem uma prosa boa e uma memória viva.
Ao contar a sua vida, o livro conta um pouco da vida de todos nós, lembra brincadeiras de infância, episódios da pequena cidade, pessoas, o cotidiano de um tempo cujas fontes orais já são bem poucas.
É preciso recuperar a nossa memória além dos dados oficiais. O blog tem incentivado e recebido algumas respostas. Poucas, muito poucas, mas, como este livro, vai ajudando a compor o perfil da nossa trajetória. Quando levantamos as famílias do município e publicamos alguns textos, mesmo que ainda falte muita informação, já tivemos noção do entrelaçamento dos troncos familiares, uma idéia do fenômeno da migração, a economia da região, a alteração do perfil das lideranças, hábitos, gastronomia, relações sociais, entre outros aspectos, que são importantes resgatar. Se cada um escrevesse sobre sua família já seria uma grande colaboração.
O livro de Silvani incorpora-se a este conjunto de documentos que não podem deixar de ser lidos para compreender as nossas heranças culturais, os contextos onde viveram os nossos familiares e do qual ainda compartilhamos as contradições, os desencantos, as expectativas.
A roda da vida é um livro singelo, de leitura fácil, indispensável aos interessados em trabalhar com a memória do homem sertanejo.
ML
Recife, 07.02.2010
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