Os professores da rede municipal de ensino decidiram, ontem, em assembleia geral, manter a greve por tempo indeterminado. As aulas deveriam começar nesta quinta-feira, mas agora não há previsão para o início do ano letivo. A categoria reivindica mudanças no Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) e adequação à Lei do Piso Nacional.
A assembleia dos docentes foi realizada no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ipaumirim na manhã de ontem. Depois de três horas de reunião, esclarecimentos acerca das consequências do movimento grevista e definição de um plano de atividades, os professores aprovaram a manutenção da greve, que foi deflagrada numa outra assembleia realizada em dezembro passado.
Em seguida, um grupo de professores percorreu ruas da cidade e realizou um ato público em frente à Prefeitura. Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ipaumirim, Terezinha Gonçalves, não há diálogo com a administração que aprovou o PCCS em sessão na noite de Natal.
"Queremos adequação do plano à Lei do Piso ampliando a jornada para 40 horas semanais". Um professor de nível médio recebe por mês o valor líquido de R$ 505,00 para 20 horas semanais.Os docentes reivindicam ainda 20% de gratificação por regência de classe e prestação de contas dos recursos do Fundeb.
O prefeito de Ipaumirim, Geraldo dos Santos, esclareceu que a contratação por 20 horas semanais é decorrente do edital dos concursos realizados em administrações passadas e que a lei atual limita em 10% novas contratações. "Não houve rateio dos recursos do Fundeb porque toda a verba foi gasta com salário dos docentes e o município não tem condições financeiras de dar gratificação. Estamos abertos ao diálogo".
Ele disse que ingressará na Justiça solicitando a ilegalidade da greve.
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