Coisas demais pra fazer, secretária de férias, ministrando um curso na especialização, corrigindo trabalhos, lutando para deixar janeiro em paz e com tempo para ir a IP assistir a Festa de São Sebastião, computador no conserto. Agenda de fevereiro lotada desde já. Tô falando de rotina, nada extraordinário, coisas de fim de ano.
Coração apertado, aquela sensação de juízo final. Propósitos requentados para 2011.
O ano 2010 voou. Só isso. A sensação é que dormi em janeiro e acordei em dezembro.
Como todo mundo, recebi coisas boas e tive contrariedades. Sorri, brinquei, briguei, xinguei, chorei. Paguei academia e quase não fui por lá. Aí, me deu remorso pelo dinheiro gasto mas eu detesto tanto fazer academia que saio de lá mais esgotada por fazer o que não gosto do que pelos exercícios. Conheci gente nova, músicas novas, assisti alguns concertos, vi algumas peças de teatro, li bem menos do que gostaria, fiz crochet, descobri sites interessantissimos, cultivei afetos e abortei os desafetos. Dei com os burros n'água algumas vezes. Convivi com meus limites e me perdoei por não ser onipotente. Tentei ser calma às custas das minhas tensões musculares que me fizeram perder noites de sono e aturar algumas sessões de fisioterapia. Furei fila, comprei dvd pirata, engordei, jurei que ia abandonar o pão nosso de cada dia e não consegui. Postei no blog, algumas vezes sem tempo e outras tantas (confesso) com alguma preguiça. Não fiz tudo o que queria mas fiz tudo o que podia. Atravesso o ano sem culpas, sem mágoas e com bastante vontade de acertar a megasena. Tem alguém mais comum do que eu? É assim que eu gosto de ser e de viver. Nada de grandes espetáculos, nasci para o cotidiano, para os bastidores, pra essa vidinha desafiadora que acontece todo dia e que me ensinou como pode ser rica e surpreendente quando a gente para um pouco para olhar em volta.
ML
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