Diretor e roteirista falam sobre o documentário "Senna". Filme sobre a vida do piloto brasileiro estreia no Brasil nesta sexta-feira
Rodrigo França,
especial para o iG
11/11/2010
A pré-estreia do filme “Senna”, ocorrida na véspera do GP Brasil de F-1 (7 de novembro), teve momentos dignos de tapete vermelho hollywoodiano – além de pilotos de F-1, como Emerson Fittipaldi, Bruno Senna e Felipe Massa, a lista de convidados incluiu desde artistas como Xuxa até o técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes.
Quem também esteve para o lançamento do documentário – que chega às telas brasileiras nesta sexta-feira – foram o britânico Asif Kapadia, diretor do filme, e o indiano Manish Pandey, roteirista. Além de promover “Senna”, os dois aproveitaram para assistir à penúltima etapa da F-1, em Interlagos, e conversaram com o IG.
iG: Quando surgiu a ideia de fazer um filme sobre Ayrton Senna?
Manish Pandey: A ideia surgiu em 2004. Vimos o enorme interesse da mídia em torno do Ayrton mesmo dez anos após seu acidente em Ímola. A principio, pensamos em fazer um documentário sobre aquele final de semana trágico do GP de San Marino, em 1994, mas logo depois vimos que o filme ideal seria retratar toda a carreira dele, e não apenas aquela prova. Viemos a São Paulo e falamos com a Viviane (Senna; irmã do piloto) e a família aprovou o filme logo na primeira reunião. Foi incrível. Aí eles nos apresentaram o Bernie (Ecclestone, diretor comercial da F-1), uma pessoa com a qual é indispensável o contato para fazer um tipo de filme como este. E ele também aprovou rapidamente e logo pensamos: "Ah, em 15 dias já estaremos trabalhando". Bom, na verdade, levamos dois anos para ter a papelada toda pronta.
Asif Kapadia: Acho que o momento decisivo foi quando editamos um filme de 11 minutos com cenas de Senna. Uma coisa simples, com imagens que achamos no YouTube e de fitas VHS oficiais da temporada da F-1. Mostramos para as pessoas e todos acharam interessante. Havia um drama evidente na história. A essência do filme estava lá. Foi quando vi que não seria o caso de usar atores ou fazer uma ficção sobre o Senna. Pudemos fazer tudo sem entrevistas ou atores – a história que importa já estava toda nessas imagens.
iG: Fazer um filme de ficção, ao estilo de Hollywood, nunca passou pela cabeça de vocês? Chegou-se a comentar que Antonio Bandeiras faria um filme sobre o piloto.
Asif Kapadia: Não, isso nunca foi uma opção. Afinal, quem vai ser o Senna? O Senna real é o melhor que poderíamos ter. Além disso, um ator grande de Hollywood, além de encarecer o projeto, não teria a condição de guiar um carro de F-1 como o Senna.
Manish Pandey: Digamos que o estúdio quisesse fazer uma ficção sobre a história do Senna: quantos milhões não seriam necessários para reconstruir toda a história? E a língua, haveria cenas em português ou ele ia falar só inglês? É uma escolha técnica também: dou como exemplo a cena que mostra o acidente grave do Senna no México, em 1990. Usamos a imagem de arquivo de 22 segundos e resolvemos a questão. Imagine como seria reconstruir essa cena com atores, dublês... quanto custaria? Levaria semanas para filmar essa cena de 22s.
iG: Por que vocês optaram por não colocar aquelas tradicionais entrevistas de documentário, com os personagens nos dias de hoje comentando os acontecimentos passados?
Asif Kapadia: Pelo mesmo motivo de que não quisemos usar atores. A convenção diz que você tem de ouvir Ron Dennis (proprietário da McLaren) nos dias de hoje, ou Alain Prost... tudo naquele cenário típico, você sabe, eles sentados em um sofá, belas flores compondo o cenário ao fundo... Pensamos e pensamos e, depois, chegamos à conclusão de que não precisamos dessas entrevistas. Fizemos pesquisas, conversamos com eles, mas não quisemos mostrá-las no vídeo nos dias de hoje. O ponto todo foi usar o drama com as imagens da época, e só.
iG: Antes de fazer o filme, vocês já eram fãs de Senna?
Manish Pandey: Eu sou um grande entusiasta de F-1 e vi absolutamente todas as corridas do Senna – acho que só perdi duas ao vivo na TV. Ele me impressionou não apenas em Mônaco, mas também em Brands Hatch, onde ele foi 3º mesmo com um carro horrível.
Asif Kapadia: Eu sou um grande fã de esporte, mas nunca fui um especialista em F-1. O que me impressionou é que existe uma magia em torno de tudo o que a gente pedia quando falava do nome Ayrton Senna. O que inicialmente a gente pedia e levaria dez dias, era resolvido em um. Os dez minutos de conversa com Ron Dennis, cedidos pela assessoria da McLaren, viraram duas horas.
iG: Dennis foi peça-chave para uma dos pontos centrais do filme, a rivalidade Senna-Prost na McLaren?
Asif Kapadia: Sim, pesquisamos tanto sobre esse episódio que posso te assegurar que nós sabemos mais do que se passou lá no Japão em 1989 do que o próprio Ron Dennis. Em nossa entrevista, nós mesmos passamos vários dados para ele – afinal, ele tem centenas de corridas na cabeça e a gente queria muitos detalhes daquela. Senna-Prost foi um grande momento do esporte: foram dois caras brilhantes no mesmo time. Prost diz que ele é mais popular aqui no Brasil do que na França. E Suzuka-89 é o ponto alto. Poderia haver um filme só daquele GP, assim como outro bem dramático, o do Brasil em 1991.
iG: O filme apresenta uma história retratada com exaustão na mídia. Isso preocupou vocês?
Manish Pandey: Havia uma preocupação forte com o filme pelo fato de que, claro, todo mundo já conhece o final. Nosso medo era a respeito de como tornar a história atraente e como contá-la. Então, pensamos em fazer como ponto de base o GP Brasil de 1991 e usar idas e vindas no roteiro. Mas era muito complicado. Também pensamos em começar em Ímola e usar flashbacks, mas era muito sombrio. Optamos pelo cronológico, e foi o melhor.
Asif Kapadia: E o melhor é que dá para ver nitidamente a evolução de Senna, como piloto e pessoa. A diferença entre como ele aparece nos primeiros meses de McLaren para um ano e meio depois é enorme. Ele parece muito mais velho. E também fica nítido que, quando ele vai para a Williams e veste o macacão azul, as coisas não parecem encaixar.
iG: O filme também traz cenas inéditas, e uma das mais comentadas é sobre Roland Raztzemberger...
Asif Kapadia: Exato! Você já viu ele falando? Não é o máximo ter imagens de um piloto que todo mundo sabe que morreu um dia antes do Senna, mas nunca viram nem uma entrevista dele? E ele reclama justamente do comportamento do carro em Ímola. Essa imagem foi feita quando o Rubens Barrichello estava sendo resgatado (após um acidente no treino de sexta). É inacreditável, foi um final de semana muito estranho.
iG: Quais características tornam Senna um herói interessante em termos de cinema, para um diretor ou roterista?
Asif Kapadia: Senna é um personagem bastante complexo e interessante. Ele ligava para o lado social, se importava com os pilotos, há cenas dele parando o carro para socorrer colegas. Mas ele era obsessivo com o lado da competição. E também não era aquele herói chato, entediante: ele joga o carro para cima do Alain Prost a quase 300 km/h! Nesse ponto, foi bom não sermos brasileiros: pudemos dar um tratamento sem se preocupar em elogiar demais ou criticar o Senna.
Manish Pandey: O que deu para notar nesse trabalho é que o Ayrton se esforçava muito para que tudo sempre desse certo. Um perfeccionismo que, quando as coisas davam errado, o consumia por dentro. Mesmo em 1990, você vê a cara dele por não ter ficado satisfeito com o acidente com Prost. Já Schumacher, em 1994, jogou o carro para cima do Damon Hill e, quando o inglês abandonou, ele comemorou bastante
Asif Kapadia: Aliás, Schumacher comemorou no pódio em Ímola em 1994. Por mais que eles não tivessem informação do Senna, ora, o Roland Ratzemberger havia morrido no dia anterior. A gente tinha essa cena, mas preferimos não usar. Ele é uma pessoa diferente.
iG: Vocês optaram por usar cenas inéditas e deixaram de lado outras clássicas, como a primeira volta do GP da Europa de 1993. O que preferiram destacar?
Asif Kapadia: É difícil retratar tudo, e a jornada do Senna não foi completa, ele foi tirado de nós, fãs, em seu auge. Reginaldo (Leme, comentarista de F-1 da TV Globo) mesmo disse que gostaria que terminasse como ele estava em 1993, seu auge. E foi na entrevista após o GP da Austrália de 1993, o último do ano, a última vitória dele, a última vez que esteve com Prost no pódio, que um jornalista pergunta para Senna: "Quem é o seu principal rival?". Claro, o Prost vai se aposentar, havia sido campeão em 1993... Era a resposta óbvia, mas o Senna deve ter pensado: "Não vou dizer que é o Prost". Aí ele responde de maneira brilhante: o Terry Fullerton, rival dele... no kart! E temos essa imagem incrível em Super-8 dessa disputa no Mundial, o único título que ele nunca ganhou. O cara que ele não venceu – e perdeu por pouco a corrida. E os ingleses com os quais conversamos afirmaram que esse cara, mesmo sem nunca ter chegado àa F-1, era um deus no kart. Então, esse Fulleton foi como o “Rosebud” do "Cidadão Kane" no filme. Algo como um segredo. E que o próprio Senna lembrava de uma época em que correr era algo puro, apenas pelo prazer do esporte, sem se preocupar com o dinheiro, a política etc.
Fonte: http://blogln.ning.com/profiles/blogs/veja-trailer-de-documentario
A pré-estreia do filme “Senna”, ocorrida na véspera do GP Brasil de F-1 (7 de novembro), teve momentos dignos de tapete vermelho hollywoodiano – além de pilotos de F-1, como Emerson Fittipaldi, Bruno Senna e Felipe Massa, a lista de convidados incluiu desde artistas como Xuxa até o técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes.
Quem também esteve para o lançamento do documentário – que chega às telas brasileiras nesta sexta-feira – foram o britânico Asif Kapadia, diretor do filme, e o indiano Manish Pandey, roteirista. Além de promover “Senna”, os dois aproveitaram para assistir à penúltima etapa da F-1, em Interlagos, e conversaram com o IG.
iG: Quando surgiu a ideia de fazer um filme sobre Ayrton Senna?
Manish Pandey: A ideia surgiu em 2004. Vimos o enorme interesse da mídia em torno do Ayrton mesmo dez anos após seu acidente em Ímola. A principio, pensamos em fazer um documentário sobre aquele final de semana trágico do GP de San Marino, em 1994, mas logo depois vimos que o filme ideal seria retratar toda a carreira dele, e não apenas aquela prova. Viemos a São Paulo e falamos com a Viviane (Senna; irmã do piloto) e a família aprovou o filme logo na primeira reunião. Foi incrível. Aí eles nos apresentaram o Bernie (Ecclestone, diretor comercial da F-1), uma pessoa com a qual é indispensável o contato para fazer um tipo de filme como este. E ele também aprovou rapidamente e logo pensamos: "Ah, em 15 dias já estaremos trabalhando". Bom, na verdade, levamos dois anos para ter a papelada toda pronta.
Asif Kapadia: Acho que o momento decisivo foi quando editamos um filme de 11 minutos com cenas de Senna. Uma coisa simples, com imagens que achamos no YouTube e de fitas VHS oficiais da temporada da F-1. Mostramos para as pessoas e todos acharam interessante. Havia um drama evidente na história. A essência do filme estava lá. Foi quando vi que não seria o caso de usar atores ou fazer uma ficção sobre o Senna. Pudemos fazer tudo sem entrevistas ou atores – a história que importa já estava toda nessas imagens.
iG: Fazer um filme de ficção, ao estilo de Hollywood, nunca passou pela cabeça de vocês? Chegou-se a comentar que Antonio Bandeiras faria um filme sobre o piloto.
Asif Kapadia: Não, isso nunca foi uma opção. Afinal, quem vai ser o Senna? O Senna real é o melhor que poderíamos ter. Além disso, um ator grande de Hollywood, além de encarecer o projeto, não teria a condição de guiar um carro de F-1 como o Senna.
Manish Pandey: Digamos que o estúdio quisesse fazer uma ficção sobre a história do Senna: quantos milhões não seriam necessários para reconstruir toda a história? E a língua, haveria cenas em português ou ele ia falar só inglês? É uma escolha técnica também: dou como exemplo a cena que mostra o acidente grave do Senna no México, em 1990. Usamos a imagem de arquivo de 22 segundos e resolvemos a questão. Imagine como seria reconstruir essa cena com atores, dublês... quanto custaria? Levaria semanas para filmar essa cena de 22s.
iG: Por que vocês optaram por não colocar aquelas tradicionais entrevistas de documentário, com os personagens nos dias de hoje comentando os acontecimentos passados?
Asif Kapadia: Pelo mesmo motivo de que não quisemos usar atores. A convenção diz que você tem de ouvir Ron Dennis (proprietário da McLaren) nos dias de hoje, ou Alain Prost... tudo naquele cenário típico, você sabe, eles sentados em um sofá, belas flores compondo o cenário ao fundo... Pensamos e pensamos e, depois, chegamos à conclusão de que não precisamos dessas entrevistas. Fizemos pesquisas, conversamos com eles, mas não quisemos mostrá-las no vídeo nos dias de hoje. O ponto todo foi usar o drama com as imagens da época, e só.
iG: Antes de fazer o filme, vocês já eram fãs de Senna?
Manish Pandey: Eu sou um grande entusiasta de F-1 e vi absolutamente todas as corridas do Senna – acho que só perdi duas ao vivo na TV. Ele me impressionou não apenas em Mônaco, mas também em Brands Hatch, onde ele foi 3º mesmo com um carro horrível.
Asif Kapadia: Eu sou um grande fã de esporte, mas nunca fui um especialista em F-1. O que me impressionou é que existe uma magia em torno de tudo o que a gente pedia quando falava do nome Ayrton Senna. O que inicialmente a gente pedia e levaria dez dias, era resolvido em um. Os dez minutos de conversa com Ron Dennis, cedidos pela assessoria da McLaren, viraram duas horas.
iG: Dennis foi peça-chave para uma dos pontos centrais do filme, a rivalidade Senna-Prost na McLaren?
Asif Kapadia: Sim, pesquisamos tanto sobre esse episódio que posso te assegurar que nós sabemos mais do que se passou lá no Japão em 1989 do que o próprio Ron Dennis. Em nossa entrevista, nós mesmos passamos vários dados para ele – afinal, ele tem centenas de corridas na cabeça e a gente queria muitos detalhes daquela. Senna-Prost foi um grande momento do esporte: foram dois caras brilhantes no mesmo time. Prost diz que ele é mais popular aqui no Brasil do que na França. E Suzuka-89 é o ponto alto. Poderia haver um filme só daquele GP, assim como outro bem dramático, o do Brasil em 1991.
iG: O filme apresenta uma história retratada com exaustão na mídia. Isso preocupou vocês?
Manish Pandey: Havia uma preocupação forte com o filme pelo fato de que, claro, todo mundo já conhece o final. Nosso medo era a respeito de como tornar a história atraente e como contá-la. Então, pensamos em fazer como ponto de base o GP Brasil de 1991 e usar idas e vindas no roteiro. Mas era muito complicado. Também pensamos em começar em Ímola e usar flashbacks, mas era muito sombrio. Optamos pelo cronológico, e foi o melhor.
Asif Kapadia: E o melhor é que dá para ver nitidamente a evolução de Senna, como piloto e pessoa. A diferença entre como ele aparece nos primeiros meses de McLaren para um ano e meio depois é enorme. Ele parece muito mais velho. E também fica nítido que, quando ele vai para a Williams e veste o macacão azul, as coisas não parecem encaixar.
iG: O filme também traz cenas inéditas, e uma das mais comentadas é sobre Roland Raztzemberger...
Asif Kapadia: Exato! Você já viu ele falando? Não é o máximo ter imagens de um piloto que todo mundo sabe que morreu um dia antes do Senna, mas nunca viram nem uma entrevista dele? E ele reclama justamente do comportamento do carro em Ímola. Essa imagem foi feita quando o Rubens Barrichello estava sendo resgatado (após um acidente no treino de sexta). É inacreditável, foi um final de semana muito estranho.
iG: Quais características tornam Senna um herói interessante em termos de cinema, para um diretor ou roterista?
Asif Kapadia: Senna é um personagem bastante complexo e interessante. Ele ligava para o lado social, se importava com os pilotos, há cenas dele parando o carro para socorrer colegas. Mas ele era obsessivo com o lado da competição. E também não era aquele herói chato, entediante: ele joga o carro para cima do Alain Prost a quase 300 km/h! Nesse ponto, foi bom não sermos brasileiros: pudemos dar um tratamento sem se preocupar em elogiar demais ou criticar o Senna.
Manish Pandey: O que deu para notar nesse trabalho é que o Ayrton se esforçava muito para que tudo sempre desse certo. Um perfeccionismo que, quando as coisas davam errado, o consumia por dentro. Mesmo em 1990, você vê a cara dele por não ter ficado satisfeito com o acidente com Prost. Já Schumacher, em 1994, jogou o carro para cima do Damon Hill e, quando o inglês abandonou, ele comemorou bastante
Asif Kapadia: Aliás, Schumacher comemorou no pódio em Ímola em 1994. Por mais que eles não tivessem informação do Senna, ora, o Roland Ratzemberger havia morrido no dia anterior. A gente tinha essa cena, mas preferimos não usar. Ele é uma pessoa diferente.
iG: Vocês optaram por usar cenas inéditas e deixaram de lado outras clássicas, como a primeira volta do GP da Europa de 1993. O que preferiram destacar?
Asif Kapadia: É difícil retratar tudo, e a jornada do Senna não foi completa, ele foi tirado de nós, fãs, em seu auge. Reginaldo (Leme, comentarista de F-1 da TV Globo) mesmo disse que gostaria que terminasse como ele estava em 1993, seu auge. E foi na entrevista após o GP da Austrália de 1993, o último do ano, a última vitória dele, a última vez que esteve com Prost no pódio, que um jornalista pergunta para Senna: "Quem é o seu principal rival?". Claro, o Prost vai se aposentar, havia sido campeão em 1993... Era a resposta óbvia, mas o Senna deve ter pensado: "Não vou dizer que é o Prost". Aí ele responde de maneira brilhante: o Terry Fullerton, rival dele... no kart! E temos essa imagem incrível em Super-8 dessa disputa no Mundial, o único título que ele nunca ganhou. O cara que ele não venceu – e perdeu por pouco a corrida. E os ingleses com os quais conversamos afirmaram que esse cara, mesmo sem nunca ter chegado àa F-1, era um deus no kart. Então, esse Fulleton foi como o “Rosebud” do "Cidadão Kane" no filme. Algo como um segredo. E que o próprio Senna lembrava de uma época em que correr era algo puro, apenas pelo prazer do esporte, sem se preocupar com o dinheiro, a política etc.
Fonte: http://blogln.ning.com/profiles/blogs/veja-trailer-de-documentario
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